terça-feira, 9 de novembro de 2010

EU E MEU EU




Por tantos anos eu amei sozinha
Sentindo a minha pele
Acariciando meus seios
Pulsando em meus dedos
Que desvendei os meus segredos
Tornando-me parceira da minha excitação.
Por tantos anos vivi nessa prisão
Que não gozo senão na minha mão
E não gosto de amar em vão
A não ser que sua intenção
Seja dar-se na pretensão
De livrar-me da prisão
Para jorrar em outra mão que não a minha...

Vanessa Rodrigues.

Um comentário:

Fanzine Episódio Cultural disse...

NUVENS

Nuvens que surgem
-De natureza abstrata -
Tomam posse do firmamento.

Nuvens que carregam chuvas
Ora virgens, ora meretrizes,
Caem na terra devolvendo
As lágrimas pelo sol roubadas.

Nuvens que partem
Não deixam rastros,
Tampouco nos avisam
Para serem admiradas.

Nuvens selvagens
Que sem nenhuma razão
Despejam chuvas de granizo...
Talvez por capricho, quem sabe?
Mas com certeza
Por incertezas.

*Agamenon Troyan