sábado, 4 de dezembro de 2010

69 E ASSIM VOCÊ SURGIU...



Nesta noite em que invadiste minha alma
E fizeste do meu corpo teu refúgio,
Me senti a predadora mais devassa,
Pendurada no teu membro grosso e duro.


Sob o peso dos teus dedos me rasgando
E a leveza da tua língua a me roçar,
Ao mirar-me nos teus olhos fui gozando,
Te gemendo a todo tempo sem parar.


Na pressão da minha língua enlouquecias,
No teu corpo eu me sentia arrepiar,
Implorando sentir mais a tua língua
Na saliva que de ti fiz derramar...


Vanessa Rodrigues.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

MULHERES DO FUTURO




Somos as mulheres do futuro,
De filhos na creche e sem educação,
Somos as donas dos cargos,
Mulheres machos na ocasião.


Somos as consumistas
E consumadas pela vaidade,
Somos as donas das crises,
Do desemprego e marginalidade.

Somos o sexo frágil,
Conquistando nosso espaço,
Somos as cangaceiras,
Com diploma debaixo no braço.


Somos as precursoras
Da crise mundial,
Somos as pioneiras
Do desemprego universal.


Somos as mulheres chefes
Que ditam regras dentro de casa,
Somos as trabalhadoras,
Surrando o homem que não trabalha.


Somos as jornalistas,
As caminhoneiras pelas estradas,
Somos as frentistas
De short curto na madrugada.


Somos as empregadas
Empregadoras da nova nação,
Somos as mães renovadas
Que não perdem tempo na criação.


Somos mulher e homem
De pulso firme e chicote na mão,
Somos daquelas que adoram
Ter o homem na mão.


Somos a nova raça
Que só copula para procriação,
Somos mulheres que vibram,
Com objeto e pilha na mão.


Somos as belas avós
De silicone e boca carnuda,
Somos as novas mamães
Dos jovens rebeldes e filhos da puta...


Vanessa Rodrigues.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

COITO ALTERNATIVO



Gosto quando ele me sente
De uma forma nem tão conveniente
E me faz submissa aos seus gestos machistas
Que de forma precisa devora-me as vísceras.


Gosto quando ele devasso me desmonta incauto
Ofegando-se, louco, tremulo e exausto
Despertando-me berros e gemidos impuros
Com os olhos vendados e o corpo sem rumo.


Gosto quando ele nu, me desnuda em prazer
Desvendando-me, certo de me ser importante
E se entrega em êxtase contemplando-me amante.


Gosto quando ele se impõe, e eu devo ceder
Entregando-me louca e suada para sentir delirante
Para vive-lo constante os infindos instantes...

Vanessa Rodrigues.

INDITOSA



Por trás desse rosto de anjo
Se esconde um ente profano
Que julga-se sobre-humano
Ao ver-se superior.
Por trás desses olhos azuis
Vive uma saga bandida
De alguém que viveu na surdina
Desdita e sem amor...

Vanessa Rodrigues.

REVELAÇÕES



Eu amo alguém que não vem me encontrar
Nem deixa o preço dos meus beijos sobre a cama
Não mata a cede do meu corpo que inflama
Na ânsia louca de sentir-se penetrar.


Eu amo um homem que não sente nos meus beijos
Os apelos de quem quer ser invadida
Os anseios envolvidos de saliva
Que a cada prisma se desvenda em segredos.


Eu amo certa de querê-lo eternamente
Não mais cliente dos meus sonhos de princesa
Nem tão demente de sabê-lo em realeza.


Eu amo presa aos preceitos que me vencem
De fazer-me transparente na soberba
E revive-lo em momentos de tristezas...

Vanessa Rodrigues.

SE EU SOUBESSE QUEM SOU



Ah, se eu soubesse quem sou...
Seria o fim desse eterno complô
Entre o mundo que me moldou
E aquele que quer brotar de mim.
Ah, se eu pudesse optar
Se a escolha fosse certa
Não mais sofreria com essa incerta opção
Em que me encontro presa.
Jorraria de mim a vadiagem
Sem pudores e libertinagem
Apenas a liberdade
Que nunca possuí...

Vanessa Rodrigues.

EU E MEU EU




Por tantos anos eu amei sozinha
Sentindo a minha pele
Acariciando meus seios
Pulsando em meus dedos
Que desvendei os meus segredos
Tornando-me parceira da minha excitação.
Por tantos anos vivi nessa prisão
Que não gozo senão na minha mão
E não gosto de amar em vão
A não ser que sua intenção
Seja dar-se na pretensão
De livrar-me da prisão
Para jorrar em outra mão que não a minha...

Vanessa Rodrigues.

MEU EU



Dentro de mim
Vive uma loba faminta
Feroz e lasciva
Desejosa de emergir
E dominar meus instintos passivos
Que por anos foram contidos
Por meu medo de sentir.


Dentro de mim
Há uma fera cativa
Que adormece reprimida
Pelos temores meus
De torná-la presente
E ver-me dependente
Desse ser impertinente
Que habita no meu Eu.

Vanessa Rodrigues.

LOUCURA II



Quero sentir o toque suave da escuridão
Na noite que enlaça a imensidão
Desses mistérios seus.
Quero viver no vão profundo
Do seu peito obscuro,
Que bate saudade e maldição.
Quero morrer na correnteza incontida
De sua verdade invertida
De viver uma vida que é minha,
Na esperança de vê-la tolhida
Por sua maldade excessiva,
De feitos envoltos de malícia
De um ser que não vive na vida,
Para viver na surdina
Da sombra esquecida
Que vive perdida,
Louca e lasciva,
Dentro de mim...

Vanessa Rodrigues.

ALUCINADOS



Meu corpo atende ao chamado,
De outro corpo alienado,
Em seus preceitos jorrados,
Na cara desse ser animado,
Contente de ser covardemente
Penetrado,
Com seus trejeitos
De mostro desordenado,
Sedento e incendiado
De desejo de ser saciado
Por meu corpo agora derrotado,
Por seu elemento ouriçado
Pronto para ter derramado
O sêmen dentro de mim.
Que agora brado molhada,
Puta e enlameada
De gozo e suor.
Com estaca na carne
E dedo no ventre
Gemendo contente
Galopando loucamente
Seu pênis
Pulsando no ventre
Chupando teu sêmen...


Vanessa Rodrigues.

PERFEIÇÃO



Ela tinha nos lábios um desejo incontrolável de saber
Sobre as mãos uma pele suave, suada, gotejante de prazer
Ela tinha ao seu lado outro corpo de tão raro alvorecer
E nas lembranças o mesmo instante que acabara de nascer.


Ela sentia outros seios nos seus seios e seus anseios saciados
Um outro corpo no seu corpo o mesmo corpo quase um sopro arrepiado
Aquele jogo a seduzia e lhe fazia enlouquecer
A mesma pele feminina essa igualdade de poder.


As suas curvas desnudas excediam a perfeição
Sua língua percorria um labirinto de infinita sensação
Era tanta afinidade, cumplicidade, necessidade de aprender
Que foram ao céu e ao inferno ao mesmo tempo extasiadas de prazer...


Vanessa Rodrigues.

sábado, 4 de setembro de 2010

QUE QUERES DE MIM?


O que fazes nua em minha cama?
Queres enlouquecer-me com teu corpo de sereia,
Acaso não percebes que inteira sou profana
Ou és tão leviana que a mim te assemelhas?
O que tem tua língua que desliza entre minhas coxas
E me rouba o mel com tamanha voracidade?
Sinto-me engolida por tua boca
E essa pressa louca me enche de vontade...

Vanessa Rodrigues.

PARAÍSO


Cada curva do teu corpo é um paraíso
Intenso e preciso, moldado por mim.
Cada toque em tua pele, um arrepio,
Desejos contidos que anseiam emergir.


Dentre as coxas escondes um segredo
Que pulsa em meus dedos e me aquece a alma.
Minha língua desperta teus gemidos
Agora unidos ao cheiro que exalas...


No ventre carregas outros segredos:
Sabores e saberes que vou desvendar.
Teus seios saciam meus anseios,
Desejos sedentos de te devorar...

Vanessa Rodrigues.

INTACTA



Não toques os meus seios com teus seios,
Nem provoques minha boca com tua boca.
Afasta tua carne dos meus pelos,
Desfaze essa face de afoita.
Menina, não provoques minha essência
Que posso devorar tua castidade.
Não queiras me vencer por eloquência,
Não tenho vocação pra santidade...

Vanessa Rodrigues.

PROFANA


Eu me jogo em cada braço que se estende em minha frente,
Não rejeito carinho, tão pouco atenção.
Possuindo mil amores, de todos fui carente,
Ninguém se dá integralmente a quem ama em porção.
Eu parcelo meus momentos para serem digeridos,
Pois os vivo intensamente em cada ato, a todo instante,
Sufocando no meu peito os sofrimentos desmedidos,
Os pesando e comparando, qual me foi mais importante.
Eu me parto em mil mulheres, mas a todos satisfaço
E me fecho em segredos, esses que não se desvendam.
Eu me viro do avesso, mas não durmo sem afago
E me enlaço em cada laço, cobiçando sentimentos...

Vanessa Rodrigues.

CRIS


Acha que me basta, menina crisálida,
Que vou ficar intacta, como se fosse casta,
A espera de tua chegada?
Ah, essa chegada impávida.
Ah, menina safada,
Acaso não sabes que sou
Afoita, ávida, devassa...
Menina! Cuidado comigo! Que te deixo desfraldada,
Descabelada, desarrumada, descompensada.
Te abro como um leque,
Te deixo inerte com febre,
Te esquento como uma lareira,
Te como inteira,
Te prendo como teia.
Ah, minha, menina minha,
Cristalina alma,
Crisografada em meu peito,
Crisólita preciosa,
Cristal,
Crisol,
Cris,
Ah, Cris!!!

Vanessa Rodrigues.