segunda-feira, 22 de junho de 2009

DESREGRADA


Eu não vou viver contida
Nesse orgulho de vadia
Que brota de suas medidas
Acometidas de excessos
Expostos em versos baratos
De um poeta palhaço
Vestido num terno barato
Que toma vinho e destilado
E chama de uísque importado
Aquele que é rotulado de nacional.
Eu não vou viver a vida
Como se fosse cretina
A saudade da saliva
Que jorra na minha virilha
Após ter sentido sua língua
Lamber incontida cada gota lasciva
De minha seiva escorrida
Do ventre que agora trepida
E arde com tua selvagem investida
De lamber minha parede vaginal.



Vanessa Rodrigues

Nenhum comentário: