segunda-feira, 1 de julho de 2024

NARCISISTA

 NARCISISTA 


Foram tantos anos de escravidão,

Tantos desgostos e tanta traição,

Que ao fim já não me reconhecia,

Eu o servia, mesmo quando adoecia.

Foram meses antes que ele mobiliou,

O apartamento que escondido alugou,

Em casa reclamava que não tinha dinheiro,

Tudo eu cortava da carne ao tempo do chuveiro. 

Ele ia curtindo as viagens que inventava,

Eu adoecendo sendo maltratada,

O filho que ele amava era deixado de lado,

A Soror do seu culto seu troféu e seu regalo.

Ao fim saiu de casa provocando uma briga,

Eu já não queria estar naquela vida,

Sempre que traía dizia se matar,

Eu já estava morta de tanto me enganar. 

Sua brutalidade ao falar e empurrar,

E eu revidando para o trágico evitar.

Sem nenhum respeito ele seguia traindo,

Sua intensão me matar... o seu instinto. 

Na portaria do prédio tentou me difamar,

Disse ser expulso e saiu pra não bater,

Bater em quem o corpo inteiro era ferida,

Bater em quem há tempos já não respondia.

Eu já tão doente sem poder me defender,

Ele tão saudável fingindo adoecer.  

Ainda por e-mail, produziu um documento,

Para família da amante e talvez uns 3 jumentos,

Dizendo que se morresse naquele dia a culpa era minha.

A culpa da mulher que em sua mão sofria.

A culpa era de quem ele empunhava um machado,

A culpa era daquela que dormia trancada no quarto,

Pra proteger o filho daquele assassino cruel,

Que sorria pras amantes e pra família dava o fel.

Aquele mentiroso que só pensava em dinheiro,

Inventava cirurgia pra pagarem em desespero,

Sempre difamando e se dizendo abandonado,

Nunca fez nada em casa,

Nunca nem mesmo lavou um prato.

Aquele vadio, mimado ao extremo,

Cuja a mãe cuidou dando tudo desde pequeno,

E a difamação dizendo que trabalhava,

Quando curtia as noites e bebia as madrugadas. 

Simples narcisista maligno cruel,

Fera mal amada amarga e patética,

Na vida de príncipe com amantes ele gastava,

Já dentro de casa tudo nos faltava. 

Até minha família teve que ajudar,

O falso sofredor que só sabia reclamar.

Todos manipulados

Caídos aos seus pés,

Todos iludidos e ele pagando os bordéis. 

Querendo se fazer de bom moço e homem honrado,

Não sendo nada, além de um porco desalmado,

Um ser cuja existência desafia o próprio inferno,

Odeia crianças e odeia o que está perto,

Só quer destruir roubar e aniquilar,

Só pensa em si e a tudo quer matar.

O ser mais horrendo que na terra pisou,

Que tenta destruir tudo que o amou,

Odeia ser amado odeia quem o cuida,

Segue sem remorso,

Incapaz de sentir culpa.


(Vanessa Rodrigues)

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