segunda-feira, 25 de novembro de 2019
A MORTE II
Ela se aproxima
E seu sopro gélido congela minha alma,
O silêncio se estende pela madrugada
E já não sei por quanto tempo eu aguento esta ingrata.
Ela sorri para mim,
E seu rosto deformado mais horrendo se apresenta,
Eu desdenho da maldita,
E seu ódio se desvenda,
Mas eu rio, pois a força que há em mim ela não enfrenta.
Ela é sempre tão pequena,
Acredita no poder que não possui e nem domina,
Para os fracos é tormento,
Para mim uma menina,
Tão mimada e pequenina que a esmago sem clemência.
Ela teme que eu levante,
Não percebe que meu sangue ninguém pode derramar,
Que a hora da minha morte ela não pode opinar,
Só em mim há o poder de me conter e me calar...
(Vanessa Rodrigues)
terça-feira, 19 de novembro de 2019
GANÂNCIA
E segue o mundo sendo destruído,
Pela ignorância e ganância dos pequenos,
Cada um defendendo sua estirpe,
Cada qual em desigual contentamento.
E sigo eu, absoluta e prepotente,
Alegremente destilando alegria,
Por encontrar nesse planeta tão demente,
A sanidade em minha gêmea companhia.
E pouco importa se as cores os dividem,
Se a intimidade quando exposta os glorifica,
Seguem tranquilos seres vis e infelizes,
Não me afeta a dor que ao mau causa ferida.
(Vanessa Rodrigues)
PORCOS
Não é minha culpa seus reflexos horrendos,
As maldições que suas ações acarretaram,
Não são meus atos que os fazem tão nojentos,
Mas a miséria que dos porcos eles hedaram.
(VRS)