Somos as mulheres do futuro,
De filhos na creche e sem educação,
Somos as donas dos cargos,
Mulheres machos na ocasião.
Somos as consumistas
E consumadas pela vaidade,
Somos as donas das crises,
Do desemprego e marginalidade.
Somos o sexo frágil,
Conquistando nosso espaço,
Somos as cangaceiras,
Com diploma debaixo no braço.
Somos as precursoras
Da crise mundial,
Somos as pioneiras
Do desemprego universal.
Somos as mulheres chefes
Que ditam regras dentro de casa,
Somos as trabalhadoras,
Surrando o homem que não trabalha.
Somos as jornalistas,
As caminhoneiras pelas estradas,
Somos as frentistas
De short curto na madrugada.
Somos as empregadas
Empregadoras da nova nação,
Somos as mães renovadas
Que não perdem tempo na criação.
Somos mulher e homem
De pulso firme e chicote na mão,
Somos daquelas que adoram
Ter o homem na mão.
Somos a nova raça
Que só copula para procriação,
Somos mulheres que vibram,
Com objeto e pilha na mão.
Somos as belas avós
De silicone e boca carnuda,
Somos as novas mamães
Dos jovens rebeldes e filhos da puta...
Vanessa Rodrigues.
Meio assustador, mas real, e um lindo poema!
ResponderExcluirSeu blog é muito bonito. Parabéns!
Um grande abraço...
Texto maravilhoso,é difícil dizer se a mulher se liberta ou se escraviza nas atuais condições,não se sabe sequer quem é essa mulher,o seu texto conseguiu ir além das quetões mais simplistas que geralmente são destacadas.
ResponderExcluirMuito real, mas ainda há esperança pras mulheres, não antes como as de atenas, nao agora como as de "esparta", mas outras, assim... à marginalidade do senso comum.
ResponderExcluir