Que há afinal de tão belo num dia comum
Onde morrem pessoas adultas, crianças e idosos?
A vida continua sofrida para qualquer um
Apenas a mesa mais farta para meros simplórios.
As horas ainda passam arrastadas para quem vai ficar
E correm apressadas nas malas que precisam partir
O sol continua o instrumento de cancerizar
A pele cansada daquele que não tem pra onde ir.
As chuvas inundam os sonhos da casa ideal
A seca extingue o jardim no solo sem vida
O vento desnuda a paisagem excepcional
Da Terra que vive encoberta de sangue e mentira.
Os dias serão sempre os mesmo a comemorar
Onde um sempre morre para outro sobreviver
Assim nascerão os herdeiros que irão nos lembrar
Nas cruzes fincadas no solo em que vamos morrer...
Vanessa Rodrigues.
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