quarta-feira, 6 de novembro de 2024

TRAIÇÃO

 



TRAIÇÃO 


Onde impera a traição e seus fetiches,

Sempre há um olhar triste,

De uma vítima em exaustão.

Onde impera a maldade e sua libertinagem,

Sempre há uma tragédia,

Destruindo um coração. 

Quem trai não tem caráter,

Não tem alma, não tem nada,

É vazio e sem valor.

Quem trai não é de Deus,

Não vale o que comeu,

E nem o que cagou.


(Vanessa Rodrigues)

sábado, 21 de setembro de 2024

ENFIM VOCÊ SE FOI

 ENFIM VOCÊ SE FOI



Quantas voltas deu o mundo 

Pra saber que um futuro 

Bem melhor me aguardava.

Tanto tempo lhe querendo,

Me arrastando e sofrendo,

Sem sentir um só momento 

Do prazer que desejava.

Mas hoje, em pouco tempo,

Alguém me tocou por dentro,

E num olhar me fez gozar.

Me lembrei das suas mãos,

E do seu membro sem função,

Que nunca mais irei chupar.


(Vanessa Rodrigues)

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

IMPOSTOR

 IMPOSTOR 



Não deveria estar feliz por estar livre,

E não na cela que pertence um marginal? 

Pelos seus atos covardes e infelizes,

E minha dó em só julgá-lo um animal. 


Um animal imundo e covarde,

Traiçoeiro, vagabundo de atos vis,

Um animal em sua totalidade,

Uma cobra que se esconde em covis. 


Eu tenho nojo da sua pele e sua cara,

Do seu cheiro asqueroso tenho horror,

Ter me traído era tudo que restava,

De um palhaço, um feiticeiro, um impostor. 


(Vanessa Rodrigues)

quinta-feira, 28 de março de 2024

FIM




Por ser pequena ela teme me enfrentar, 
Teme encarar a rebeldia do meu ser,
Mantém-me presa evitando guerrear,
Quando inveja minha coragem e meu poder... 

(Vanessa Rodrigues)

sábado, 22 de agosto de 2020

PRECISÃO



Tão perfeita é a minha compreensão,

Que uma única contradição me abala,

Não detenho o poder da ilusão,

O meu mundo foi criado com batalhas. 


Tão sensatos os meus atos corriqueiros,

Tão certeiras as certezas que encontrei,

Desconheço tudo que resulta erros,

Pois de acertos foi a base que elevei.


(Vanessa Rodrigues)

PETULÂNCIA



Não há nada neste mundo que me vença,

Nem soldados que me possam intimidar,

O meu sangue a serpente nao envenena,

Nem sua língua afiada a me cortar.

O medo que há no mundo não me atinge,

Ninguém pode desviar o meu olhar,

Cabuloso é o ser que me agride,

Impiedosa eu serei ao me vingar.


(Vanessa Rodrigues)

terça-feira, 9 de junho de 2020

DESTINO


DESTINO

Todos temem a morte,
Que por sorte eu pretendo encontrar,
Essa messalina traiçoeira,
Que insiste em me deixar.

Eu sei muito bem o que me espera,
Eu trilhei um decente caminho,
Não enriqueci não me vinguei,
Desses seus filhos mesquinhos.

Eu não tenho medo e meu segredo,
Estou prestes a revelar,
Essa Terra imunda é tão pequena,
Nunca vai me enraizar.

Eu já pratiquei a servidão,
E acolhi o que é injusto,
Estou preparada pra partir,
E dar adeus a esse mundo.

(Vanessa Rodrigues)

domingo, 7 de junho de 2020

MISERÁVEL


Meu sorriso não pode ser alvo do seu azar,
Quem é você para o mundo calar? 
A sua pobreza hereditária não é desculpa,
Para não levantar o cu da cadeira e ir a luta. 

Sua miserável feiura é proporcional,
Ao seu ausente lado intelectual,
Que usa palavras sem significado,
Para parecer menos burro, menos otário.

Assuma os erros dos seus atos imundos,
Seu ser egoísta, chantagista, vagabundo,
Assuma o golpe que tentou armar,
E o castigo que lhe fez calar.

Não culpe o mundo da sua revolta,
Das suas atitudes de bosta,
Você colheu o último centavo,
Vendendo as mentiras do seu próprio fracasso.

Pode usar pessoas fracas e inferiores,
Pode atrair vermes sem valores,
Mas nunca terá uma vida plena,
A felicidade não habita em gente pequena.

Pode gritar, xingar, inventar mentiras,
Pode ter a cumplicidade da sua torpe família,
Você não é mais que estrume sobre a terra,
Você é um lixo tóxico, um merda.

(VRS) Devaneios

domingo, 1 de dezembro de 2019

BURRICE HEREDITÁRIA



Não há nada mais bizarro,
Do que ver um ser otário,
Escrever palavras toscas,
Sem olhar no dicionário.

(VRS)



Para a galerinha que usa palavrinhas difíceis em suas frases, sem fazer idéia do significado delas, só para parecer inteligente:

https://hypescience.com/ignorancia-sobre-a-propria-burrice-pode-explicar-muitos-dos-problemas-da-sociedade/

https://www.arataacademy.com/port/gente-burra-demais-pra-entender-a-propria-burrice/

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

A MORTE II



Ela se aproxima
E seu sopro gélido congela minha alma,
O silêncio se estende pela madrugada
E já não sei por quanto tempo eu aguento esta ingrata.
Ela sorri para mim,
E seu rosto deformado mais horrendo se apresenta,
Eu desdenho da maldita,
E seu ódio se desvenda,
Mas eu rio, pois a força que há em mim ela não enfrenta.
Ela é sempre tão pequena,
Acredita no poder que não possui e nem domina,
Para os fracos é tormento,
Para mim uma menina,
Tão mimada e pequenina que a esmago sem clemência.
Ela teme que eu levante,
Não percebe que meu sangue ninguém pode derramar,
Que a hora da minha morte ela não pode opinar,
Só em mim há o poder de me conter e me calar...

(Vanessa Rodrigues)

terça-feira, 19 de novembro de 2019

GANÂNCIA



E segue o mundo sendo destruído,
Pela ignorância e ganância dos pequenos,
Cada um defendendo sua estirpe,
Cada qual em desigual contentamento.

E sigo eu, absoluta e prepotente,
Alegremente destilando alegria,
Por encontrar nesse planeta tão demente,
A sanidade em minha gêmea companhia.

E pouco importa se as cores os dividem,
Se a intimidade quando exposta os glorifica,
Seguem tranquilos seres vis e infelizes,
Não me afeta a dor que ao mau causa ferida.

(Vanessa Rodrigues)

PORCOS



Não é minha culpa seus reflexos horrendos,
As maldições que suas ações acarretaram,
Não são meus atos que os fazem tão nojentos,
Mas a miséria que dos porcos eles hedaram.

(VRS)

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
  
        II -  ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
    
        IV -  é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

        V -  é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

        VI -  é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

        IX -  é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

        XXVII -  aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

        XXVIII -  são assegurados, nos termos da lei:
            a)  a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

        XLI -  a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;



AMEAÇA 

Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:


        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

domingo, 27 de outubro de 2019

AO MUNDO


Eu não sou este ente inconsciente,
Dependente dos feitos crescentes
E inconsequentemente incoerentes
De deixar o mundo lotado de seres inanimados
Fantasiados em seus momentos solitários
Desejosos de serem confortados
Por deusas e deuses imaginários
Dentro de suas mentes pequenas
De se verem como consequência
Do que chamam de feito maior.
Eu não sou pertinente as suas crenças poluentes
Que tolhem seus pensamentos descrentes
De viverem livremente
Em um mundo que justamente
Foi criado por mim
E por aqueles que como eu
Sabem-se mais que perfeitos
Soberanos aos imperfeitos
Seres desumanos que são.
Eu não vivo na demente vontade
De viver como bicho regrado
Submisso ao Senhor de um legado
Exposto em epístolas
Descritas na fé que nos foi empurrada
Por uma classe soberba, avarenta e ultrapassada
Sem feitos e nada para dar.
Eu não sou descendente da cruz
Nem dos espinhos das fábulas,
Não vivo de fatos traçados
Em documentos forjados
Por aqueles que nos querem escravos
Dos altares erguidos em estábulos
Pagando impostos a preço importado
Nos 10 % suados
De um dizimo furtado
Sob pressão de um povo enclausurado
Ao medo de ser rejeitado
Pelo dono do reino encantado
Pousado nas nuvens de algodão,
Para que seus portões estejam abertos
Para seus clamores de crentes
Repletos de despautérios incongruentes
Desses crédulos inocentes
Que vivem dementes e indecentemente
Exaltando poderes inerentes de curas
De suas obscuras facetas
De serem homens e estrelas
Dos jovens e das ovelhas
A todo tempo enganados.
Eu não coabito com seus desejos de Guerra
De primórdios de novas Eras
Traçada na crença
Do ente que se diz pagão
Inerte da imperfeição do Mundo
Que outrora não foi assim.
Eu não conchavo a desunião
Tão pouco vivo na mendigação
Desses que podem, no entanto não vão
À luta sem armas não mão.
Eu carrego no peito um coração
Que bate sem se ater ao $
Que gera o resto na nação
Que deixou de ser torrão
Para viver como cão,
Sedenta de mutilação
Daqueles que chamaram irmão
E agora em nome da religião
Tornaram-se sarnentos
Incrédulos azarentos.
Pois saibam que estes que chamam malditos
Serão santificados por seus herdeiros
Cansados de serem enganados
Por seus deuses lunáticos
Cheios de atos escárnios
Que outrora foram pregados
E agora serão enterrados
Em buracos tapados
Com pedras e derivados
Pra que ninguém mais viva enganado
Triste e desamparado
Por aquele que hoje é passado
E não mais estará entre nós...


(Vanessa Rodrigues)

CAMUFLAGEM




Ela usa máscara,
E quem a desmascara
E não sente a sua farsa,
Dela compartilha
Veste sua armadilha
Arma-se de ameaças.
E mente... e sente...
Como se o sentir fosse dolente
E não indecente.
Como a própria mente
Deste ser demente
Que mente, mente e mente...

(Vanessa Rodrigues)

10/09/2012

METAMORFOSE


sábado, 26 de outubro de 2019

INSIGNE



Meu tempo é escasso para seres tão pequenos,
Pouco importa o passado que enfrentaram,
Minha glória conquistei no longo tempo,
Em que os vadios nas orgias se encontravam.

Tão pretensos os desgraçados me invejam,
Querem a força e o poder que conquistei,
Para eles minha essência é um mistério,
Pobres acéfalos de boçal estupidez.

(Vanessa Rodrigues)

sexta-feira, 28 de junho de 2019

IMPÁVIDA


Eu não faço segredo,
Eu não tenho tais medos,
Eu enfrento com êxito,
O que devo enfrentar.
Eu só tenho essa cara,
Quem não gosta que parta,
Pois não movo uma palha,
Para alguém agradar.
Se eu amo assumo,
Faço dele meu mundo,
Mas se caio no abismo,
Só a mim vou culpar.
Que ele siga seu rumo,
Sem me por em apuros,
Pois vingança é um prato,
Que adoro pagar.
Eu não sou grande coisa,
Nem menor do que nada,
Sou aquilo que gosto,
E desejo ser.
Eu não vou me calar,
Quando quero gritar,
E se me irritar,
Vou mandar se foder.

(VRS) 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

FIRMES PASSOS



Há no mundo muitas chances de vencer
Não precisas desejar o que não tens
O que é meu não estou apta a perder
O que é teu, se vacilares terei também.
Não guerreies com a arma do fracasso
Minha força ninguém pode abalar
O que tenho conquistei com firmes passos
Estes passos que irão te esmagar...


(Vanessa Rodrigues)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

SUCÇÃO



Quando teus olhos miram-me com paixão,
E sinto das tuas mãos o toque que me completa,
E salta de tua boca a língua que me penetra,
Distorço meu pensamento e entro em erupção.

Quando teu corpo inteiro se apossa de mim
E apenas tua boca trabalha a meu favor,
E o resto da tua alma queima em meu ardor,
Sinto o teu amor louco a me possuir.

E sinto assim um fogo a me queimar,
Abrindo em leque cada músculo do corpo,
Ruborizando a vergonha no meu rosto,

E me entrego, sem saber como lutar.
Então me encaixo em teus braços absortos,
Engulo com sede a essência do teu gozo.

Vanessa Rodrigues

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

GUERREIRA



Cansada demais pra lutar,
Cansada das guerras, das lutas.
É hora de me atacar
Aproveitem seus filhos das putas...



domingo, 11 de dezembro de 2011

NATAL...



Que há afinal de tão belo num dia comum
Onde morrem pessoas adultas, crianças e idosos?
A vida continua sofrida para qualquer um
Apenas a mesa mais farta para meros simplórios.

As horas ainda passam arrastadas para quem vai ficar
E correm apressadas nas malas que precisam partir
O sol continua o instrumento de cancerizar
A pele cansada daquele que não tem pra onde ir.

As chuvas inundam os sonhos da casa ideal
A seca extingue o jardim no solo sem vida
O vento desnuda a paisagem excepcional  
Da Terra que vive encoberta de sangue e mentira.

Os dias serão sempre os mesmo a comemorar
Onde um sempre morre para outro sobreviver
Assim nascerão os herdeiros que irão nos lembrar
Nas cruzes fincadas no solo em que vamos morrer...

Vanessa Rodrigues. 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

MESQUINHO QUERER




Não há felicidade capaz de iludir
Um coração vazio, descrente de paixão
O amor é como o orgasmo: segundos a sorrir
Vencido pela força da intensa solidão.


Deixar que tuas mãos tocassem o meu corpo
Assim como minha a alma, feriu meu coração.
Ter sido tua amante causou-me um estranho gosto
Azedo de mentiras e amargo de ilusão.


(Vanessa Rodrigues)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

INCRÉDULO




Minha palavra é tudo que sou eu
E nada tenho neste instante pra dizer
Desconfiar que este amor não é só teu
Só mostrará que nada em ti posso colher.

Se eu pudesse imaginar tua fortuna
Não perderia o meu tempo a te encontrar
Para deitar em tua cama e ser mais uma
Das mil mulheres que jamais vais confiar....

(Vanessa Rodrigues)

domingo, 11 de setembro de 2011

GRITOS IMPUROS



Sob os pés desta desdita está teu corpo
Aguardando que a terra o consuma.
Quantos palmos me separam do teu rosto,
Quanto tempo levará pra que eu descubra?

Já não sinto os meus dedos mutilados
Já não sei de quem é o sangue em minhas unhas
O perfume do teu corpo está mudado
Não recordo destas pálpebras tão fundas.

Tua pele está tão pálida e fria
Teus cabelos desprendendo em minhas mãos
Como é triste não sentir qualquer batida
No lugar que te pulsava um coração.

Inda sinto a maciez da tua boca
Inda posso encaixar-me em tuas curvas
Pra arrancar-te um abraço quanta força
Aceitar que esta vez será a última.

Eu não posso devolver-te para terra
Não foi esta e sim meus braços tua morada
Que minha morte me condene a dor eterna
Teu amor que era o dono da minha alma...

Vanessa Rodrigues

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MENTIRAS



Como posso lhe dizer que não senti naquela noite,
Se gritei como uma louca sob o peso do seu corpo?
Instiguei o seu desejo, caprichando em minha pose,
Mas menti em cada close que lhe mostrou um novo gozo.


Como posso confessar que não consigo ser tão ágil,
Se há anos eu confirmo que senti todo o prazer?
E agora revelar que nosso amor tornou-se frágil,
Porque me envolvi no hábito de ter medo de dizer...

(Vanessa Rodrigues)

DESEJOS INCONTROLÁVEIS



Quando meu corpo sente o seu chegar,
Quando seu ventre vem se aconchegar no meu,
Meus pelos se arrepiam entre os seus,
Seus gestos se confundem com os meus.


Quando a enlaço entre minhas coxas,
Quando minhas mãos percorrem suas curvas,
Toda sua alma se insinua,
Toda minha essência clama pela sua.


Quando meu ventre sente a sua força,
Quando minha boca fica louca por você,
Seus seios se arrepiam de prazer,
Meus gritos não mais sabem se conter...

(Vanessa Rodrigues)

INTACTA



Não toques os meus seios com teus seios,
Nem provoques minha boca com tua boca.
Afasta tua carne dos meus pelos,
Desfaze essa face de afoita.


Menina, não provoques minha essência
Que posso devorar tua castidade.
Não queiras me vencer por eloqüência,
Não tenho vocação pra santidade...

(Vanessa Rodrigues)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

FEMINISTAS


Culpo as feministas
Que expurgaram de nossas vidas
A beleza de ser só mulher.
Fizeram-nos escravas
Vadias molestadas
Uma coisa qualquer.

Culpo essas desditas
Maléficas malditas
Tolas e ignorantes.
Fizeram-nos palhaças
Domésticas sem graça
Desbotadas amantes...

(Vanessa Rodrigues)

segunda-feira, 21 de março de 2011

PASSARELA



Ela desfila em meu coração
Pisando forte, garantindo que marcou
Em passos rasos, quando fala em solidão,
E mais profundos se deseja meu amor.

Ela hesita quando pisa em minha cama,
Oscilando entre o corpo e o coração,
Desejando penetrar quem tanto ama,
Receosa de mostrar-se um furacão.

Ela pisa submissa em minha vida,
Mas tão logo se transforma em fortaleza,
Dominando os caminhos da minha ida,
Usurpando do meu peito a realeza...

Vanessa Rodrigues.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

VADIA



Ela não mais me engana
De tão leviana não soube fingir
Quis se fazer de cigana
A todos engana
Exceto a mim.
Sua inocência é charme
Ela é bola na rede
Querendo passar
Antes que ela me ache
A jogo na trave
Não vai penetrar.
Ela é a musa do dia
Da tarde, da noite, de toda manhã.
Ela se faz poesia
Tira minha alegria
Ferida malsã.
Ela é mais que perfeita
Escorre na veia sua perfeição
Ela me tece na teia
Me faz prisioneira em seu coração...


(Vanessa Rodrigues)

ESCORREGADIA



Você veio cheia de gás,
Querendo mais, se auto firmando,
Fez um escarcéu na minha vida
Deixou-me perdida
Debaixo dos panos.
Não pode ter sido engano
Você me queria, eu bem que sentia
O seu olhar me fitando,
Sua boca salivando
Em plena luz do dia.
Você falou dos meus seios,
Da minha barriga,
Da nossa nudez.
Disse que não tinha medo,
Ter-me em segredo
Era estupidez.
Agora fica inibida
Com minha investida
E foge de mim.
Faz-se de desentendida,
Mas inocente ou bandida
Eu a vou possuir...


(Vanessa Rodrigues)

sábado, 1 de janeiro de 2011

MINHAS LÁGRIMAS



Dos meus olhos caem as desilusões,
Dores que reinaram em uma vida,
Ríspidas e insignes sensações,
Que deixaram-me tão vazia e perdida.
Dos meus olhos caem as gotas de saudade,
Daquilo que amei e me perdi,
Da alma que deixei na castidade,
Do corpo que tanto prostituí.
Dos meus olhos caem as fúrias de um passado,
Que vivi sem nem saber o que fazer,
Dos momentos que deixei por serem ingratos,
Dos abraços que não soube compreender...


Vanessa Rodrigues.

sábado, 4 de dezembro de 2010

69 E ASSIM VOCÊ SURGIU...



Nesta noite em que invadiste minha alma
E fizeste do meu corpo teu refúgio,
Me senti a predadora mais devassa,
Pendurada no teu membro grosso e duro.


Sob o peso dos teus dedos me rasgando
E a leveza da tua língua a me roçar,
Ao mirar-me nos teus olhos fui gozando,
Te gemendo a todo tempo sem parar.


Na pressão da minha língua enlouquecias,
No teu corpo eu me sentia arrepiar,
Implorando sentir mais a tua língua
Na saliva que de ti fiz derramar...


Vanessa Rodrigues.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

MULHERES DO FUTURO




Somos as mulheres do futuro,
De filhos na creche e sem educação,
Somos as donas dos cargos,
Mulheres machos na ocasião.


Somos as consumistas
E consumadas pela vaidade,
Somos as donas das crises,
Do desemprego e marginalidade.

Somos o sexo frágil,
Conquistando nosso espaço,
Somos as cangaceiras,
Com diploma debaixo no braço.


Somos as precursoras
Da crise mundial,
Somos as pioneiras
Do desemprego universal.


Somos as mulheres chefes
Que ditam regras dentro de casa,
Somos as trabalhadoras,
Surrando o homem que não trabalha.


Somos as jornalistas,
As caminhoneiras pelas estradas,
Somos as frentistas
De short curto na madrugada.


Somos as empregadas
Empregadoras da nova nação,
Somos as mães renovadas
Que não perdem tempo na criação.


Somos mulher e homem
De pulso firme e chicote na mão,
Somos daquelas que adoram
Ter o homem na mão.


Somos a nova raça
Que só copula para procriação,
Somos mulheres que vibram,
Com objeto e pilha na mão.


Somos as belas avós
De silicone e boca carnuda,
Somos as novas mamães
Dos jovens rebeldes e filhos da puta...


Vanessa Rodrigues.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

COITO ALTERNATIVO



Gosto quando ele me sente
De uma forma nem tão conveniente
E me faz submissa aos seus gestos machistas
Que de forma precisa devora-me as vísceras.


Gosto quando ele devasso me desmonta incauto
Ofegando-se, louco, tremulo e exausto
Despertando-me berros e gemidos impuros
Com os olhos vendados e o corpo sem rumo.


Gosto quando ele nu, me desnuda em prazer
Desvendando-me, certo de me ser importante
E se entrega em êxtase contemplando-me amante.


Gosto quando ele se impõe, e eu devo ceder
Entregando-me louca e suada para sentir delirante
Para vive-lo constante os infindos instantes...

Vanessa Rodrigues.

INDITOSA



Por trás desse rosto de anjo
Se esconde um ente profano
Que julga-se sobre-humano
Ao ver-se superior.
Por trás desses olhos azuis
Vive uma saga bandida
De alguém que viveu na surdina
Desdita e sem amor...

Vanessa Rodrigues.

REVELAÇÕES



Eu amo alguém que não vem me encontrar
Nem deixa o preço dos meus beijos sobre a cama
Não mata a cede do meu corpo que inflama
Na ânsia louca de sentir-se penetrar.


Eu amo um homem que não sente nos meus beijos
Os apelos de quem quer ser invadida
Os anseios envolvidos de saliva
Que a cada prisma se desvenda em segredos.


Eu amo certa de querê-lo eternamente
Não mais cliente dos meus sonhos de princesa
Nem tão demente de sabê-lo em realeza.


Eu amo presa aos preceitos que me vencem
De fazer-me transparente na soberba
E revive-lo em momentos de tristezas...

Vanessa Rodrigues.

SE EU SOUBESSE QUEM SOU



Ah, se eu soubesse quem sou...
Seria o fim desse eterno complô
Entre o mundo que me moldou
E aquele que quer brotar de mim.
Ah, se eu pudesse optar
Se a escolha fosse certa
Não mais sofreria com essa incerta opção
Em que me encontro presa.
Jorraria de mim a vadiagem
Sem pudores e libertinagem
Apenas a liberdade
Que nunca possuí...

Vanessa Rodrigues.

EU E MEU EU




Por tantos anos eu amei sozinha
Sentindo a minha pele
Acariciando meus seios
Pulsando em meus dedos
Que desvendei os meus segredos
Tornando-me parceira da minha excitação.
Por tantos anos vivi nessa prisão
Que não gozo senão na minha mão
E não gosto de amar em vão
A não ser que sua intenção
Seja dar-se na pretensão
De livrar-me da prisão
Para jorrar em outra mão que não a minha...

Vanessa Rodrigues.

MEU EU



Dentro de mim
Vive uma loba faminta
Feroz e lasciva
Desejosa de emergir
E dominar meus instintos passivos
Que por anos foram contidos
Por meu medo de sentir.


Dentro de mim
Há uma fera cativa
Que adormece reprimida
Pelos temores meus
De torná-la presente
E ver-me dependente
Desse ser impertinente
Que habita no meu Eu.

Vanessa Rodrigues.

LOUCURA II



Quero sentir o toque suave da escuridão
Na noite que enlaça a imensidão
Desses mistérios seus.
Quero viver no vão profundo
Do seu peito obscuro,
Que bate saudade e maldição.
Quero morrer na correnteza incontida
De sua verdade invertida
De viver uma vida que é minha,
Na esperança de vê-la tolhida
Por sua maldade excessiva,
De feitos envoltos de malícia
De um ser que não vive na vida,
Para viver na surdina
Da sombra esquecida
Que vive perdida,
Louca e lasciva,
Dentro de mim...

Vanessa Rodrigues.

ALUCINADOS



Meu corpo atende ao chamado,
De outro corpo alienado,
Em seus preceitos jorrados,
Na cara desse ser animado,
Contente de ser covardemente
Penetrado,
Com seus trejeitos
De mostro desordenado,
Sedento e incendiado
De desejo de ser saciado
Por meu corpo agora derrotado,
Por seu elemento ouriçado
Pronto para ter derramado
O sêmen dentro de mim.
Que agora brado molhada,
Puta e enlameada
De gozo e suor.
Com estaca na carne
E dedo no ventre
Gemendo contente
Galopando loucamente
Seu pênis
Pulsando no ventre
Chupando teu sêmen...


Vanessa Rodrigues.

PERFEIÇÃO



Ela tinha nos lábios um desejo incontrolável de saber
Sobre as mãos uma pele suave, suada, gotejante de prazer
Ela tinha ao seu lado outro corpo de tão raro alvorecer
E nas lembranças o mesmo instante que acabara de nascer.


Ela sentia outros seios nos seus seios e seus anseios saciados
Um outro corpo no seu corpo o mesmo corpo quase um sopro arrepiado
Aquele jogo a seduzia e lhe fazia enlouquecer
A mesma pele feminina essa igualdade de poder.


As suas curvas desnudas excediam a perfeição
Sua língua percorria um labirinto de infinita sensação
Era tanta afinidade, cumplicidade, necessidade de aprender
Que foram ao céu e ao inferno ao mesmo tempo extasiadas de prazer...


Vanessa Rodrigues.

sábado, 4 de setembro de 2010

QUE QUERES DE MIM?


O que fazes nua em minha cama?
Queres enlouquecer-me com teu corpo de sereia,
Acaso não percebes que inteira sou profana
Ou és tão leviana que a mim te assemelhas?
O que tem tua língua que desliza entre minhas coxas
E me rouba o mel com tamanha voracidade?
Sinto-me engolida por tua boca
E essa pressa louca me enche de vontade...

Vanessa Rodrigues.

PARAÍSO


Cada curva do teu corpo é um paraíso
Intenso e preciso, moldado por mim.
Cada toque em tua pele, um arrepio,
Desejos contidos que anseiam emergir.


Dentre as coxas escondes um segredo
Que pulsa em meus dedos e me aquece a alma.
Minha língua desperta teus gemidos
Agora unidos ao cheiro que exalas...


No ventre carregas outros segredos:
Sabores e saberes que vou desvendar.
Teus seios saciam meus anseios,
Desejos sedentos de te devorar...

Vanessa Rodrigues.

INTACTA



Não toques os meus seios com teus seios,
Nem provoques minha boca com tua boca.
Afasta tua carne dos meus pelos,
Desfaze essa face de afoita.
Menina, não provoques minha essência
Que posso devorar tua castidade.
Não queiras me vencer por eloquência,
Não tenho vocação pra santidade...

Vanessa Rodrigues.

PROFANA


Eu me jogo em cada braço que se estende em minha frente,
Não rejeito carinho, tão pouco atenção.
Possuindo mil amores, de todos fui carente,
Ninguém se dá integralmente a quem ama em porção.
Eu parcelo meus momentos para serem digeridos,
Pois os vivo intensamente em cada ato, a todo instante,
Sufocando no meu peito os sofrimentos desmedidos,
Os pesando e comparando, qual me foi mais importante.
Eu me parto em mil mulheres, mas a todos satisfaço
E me fecho em segredos, esses que não se desvendam.
Eu me viro do avesso, mas não durmo sem afago
E me enlaço em cada laço, cobiçando sentimentos...

Vanessa Rodrigues.

CRIS


Acha que me basta, menina crisálida,
Que vou ficar intacta, como se fosse casta,
A espera de tua chegada?
Ah, essa chegada impávida.
Ah, menina safada,
Acaso não sabes que sou
Afoita, ávida, devassa...
Menina! Cuidado comigo! Que te deixo desfraldada,
Descabelada, desarrumada, descompensada.
Te abro como um leque,
Te deixo inerte com febre,
Te esquento como uma lareira,
Te como inteira,
Te prendo como teia.
Ah, minha, menina minha,
Cristalina alma,
Crisografada em meu peito,
Crisólita preciosa,
Cristal,
Crisol,
Cris,
Ah, Cris!!!

Vanessa Rodrigues.